Sabe aquela vontade, daquelas vontades bem loucas,
de escrever alguma coisa?
Vem assim sorrateira, tentando rimar, faceira,
e se esconde em um véu de tola transparência.
Coça as mãos. Os braços. O cerebelo.
Arrepia cabelos e pêlos.
Pelo menos.
É feito vontade de fazer algo qualquer.
Vai deixando, deixando,
e de repente todos os dias gritam pelo prazer de fazer.
Até que se faça.
E provavelmente se esqueça.
E que se imponha de novo. Vai saber.
Quanto a escrever não se precisa muito tempo.
A vontade já se instala louca.
Vai forçando seu raciocínio lento da manhã,
assolando seu dia feito sol de meio,
e se inunda à noite em torno de luas.
É algo que não se consegue fugir.
E vem assim, meio selvagem, meio doente.
Vomitando o que se tem
explorando o que se não.
É feito amor.
Bem que não queria ser.
Porque é entrega.
É apego.
E essa vontade me manda, feito feitora, eu feito escrava.
E não peço arrego.
Nem quero, ai de mim.
2 comentários:
Excelente!!!!!
Bjssss!!!
Muito bom manu....vc eh excelente!
vc sabe que eu te adoro, e seus textos são muito bons, bem trabalhados e..."viajante" tbm...uahuahuha
bj, te adoro!!!
Ps: Não deu tempo de comentar na hora que vc falou cmg, mas eu naum deixei decomentar =)
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