quinta-feira, janeiro 15, 2009

Um novo ano.

Há tanto tempo não apareço neste espaço. Não exponho em verso ou prosa o que sinto tão dentro. Há tempos não faço uso de palavras bobas ou vãs, que expressem, almejem, um sentido. De fato, há tempos, tanta coisa não faz sentido. À mim tem sido o bastante respirar, sorrir, cantar, conversar pelos cotovelos, ou, simplesmente, olhar, sem a necessidade de proferir qualquer que seja o pensamento que me vem à mente em dias de chuva ou de sol. Em outros tempos os dedos já estariam em convulsão ante a falta do que era vicio. Não o é mais. Meu vicio agora é outro. Consiste em observar o tom da minha respiração, o movimento resultante e a paz que me traz. A cada dia me sinto mais out da vida, de tudo o que entendia por vida. Aos poucos encontro o nirvana.

Um novo ano. Um novo texto, sem qualquer pretexto. E a vida que continua sendo sentida, com ritmo, brilho, melodia e muita, muita poesia.